Uma gaivota percorre uma linha paralela à crista da onda... deslisando suavemente como num quadro bucólico mas dinâmico... sem atrito... só vontade e só enleio. Exactamente um palmo abaixo do cume da vaga, desse túnel vidrado e côncavo esverdeado, visto de onde eu vejo...
Até de repente arrepiar caminho, ascendente, voo picado ao céu, escapando milimetricamente ao cuspo salgado do mar...
E assim, sem esforço, desloco serenamente (e quase parvo) os meus olhos, da esquerda para a direita, abarcando no meu peito a brisa salina daquele mar do Cabedelo... e pouso o olhar num navio já construído que espera a partida no estaleiro de Viana.
S.O.
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