Harmoniosa Mistura de Sons Azuis
Sabes… tenho pedaços de lua no bolso
E tenho mais segredos que por ora não tos conto
Podias olhar-me de forma estranha… não me compreenderes…
Um dia, prometo, hei-de guardar um raio de sol para ti!...
Anda, vem amiga, vem fundir-te com a terra
Contemplar o firmamento, as estrelas, o infinito…
Sentirás o planeta como nave na noite
Rumo às estrelas
Ou então… brincaremos com um ou dois pedaços de lua,
É preciso poupar…
Faremos o culto do olhar, como à luz dos pirilampos
Níveo será teu rosto e brilhante o teu olhar
Um brilho pouco iluminado, é certo
Mas o apropriado para se ver a alma
Que é adversa às ilusões clarificadas pelo dia
E depois, que podes esperar mais de mim
Se contigo compartilho o meu espírito?...
Tudo o resto é menor e podes considerar teu
Desde o peso da palavra, latina e gasta
Até ao meu corpo permeável à doença e ao tempo
Que sons ondulantes e suaves se aproximam?
Sim… é claramente, o luar… de Debussy
Sinto por fim plenamente esta peça
Esta harmoniosa mistura de sons, de todos os sons
Conjugando-se numa deliciosa e azulada amálgama
De flores… e sons…
S.O.
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