Costumo dizer que praticar a arte do chá consiste em aprender a perder tempo. Contudo não resulta pacífica esta afirmação, não sendo geralmente bem interpretada pela maior parte das pessoas que a ouvem, penso que por habituadas que estão a uma valorização economicista do tempo. O próprio Sensei Rikyu costumava "menorizar" a prática da arte dizendo que o ritual consistia apenas em aquecer água e misturar-lhe, um pouco antes da ebulição, algumas folhas de chá...
A Arte do Chá não é economia (felizmente) nem ciência... e nem sequer tem de ser filosofia, desporto ou arte (no sentido tradicional).
Quando explico o aprender a perder tempo, tenho encontrado amigos que complementam essa ideia com "pois, aprender a perder tempo... ganhando tempo!". Remato a "discussão" perguntando "porquê, essa preocupação permanente de ganhar?!"... Prefiro ver o Chá apenas como Estar.
S.O.
A Arte do Chá não é economia (felizmente) nem ciência... e nem sequer tem de ser filosofia, desporto ou arte (no sentido tradicional).
Quando explico o aprender a perder tempo, tenho encontrado amigos que complementam essa ideia com "pois, aprender a perder tempo... ganhando tempo!". Remato a "discussão" perguntando "porquê, essa preocupação permanente de ganhar?!"... Prefiro ver o Chá apenas como Estar.
S.O.
...também eu pensei que, explicada assim, a Arte do Chá é aprender a perder tempo, ganhando-o. Vivendo a um ritmo onde essa é a primeira variável, lembrei-me dum pensamento atribuído a Camilo Castelo Branco: "o tempo chega sempre, mas há casos em que não chega a tempo"...
ResponderEliminar[lição nº2 - cuidado com os posts incompletos...rs]